Junho Prata: Respeito que não envelhece
Defensoria leva acolhimento, orientação e respeito à população idosa em MS.
Respeito não tem idade
Você já parou para pensar em como é envelhecer em um mundo que, muitas vezes, silencia, abandona e invisibiliza? Nesta edição da nossa newsletter, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul convida você a olhar de perto histórias reais, potentes e emocionantes de pessoas que encontraram, no atendimento gratuito e humanizado, o caminho para a dignidade.
Tem idoso que voltou a sorrir após receber orientação contra golpes. Tem mulher que, aos 60 anos, entendeu que também é protegida pela Lei Maria da Penha. E tem defensor e defensora pública ouvindo, acolhendo e garantindo direitos, dentro e fora da capital.
Você vai ver que o Junho Prata é muito mais do que uma campanha: é um compromisso diário com quem já caminhou tanto. Tem ação nas praças, nas unidades penais, nos centros de convivência e nas universidades. Tem defesa do envelhecimento digno e, também, do direito de ser quem se é.
A Defensoria Pública tem atuado em todas as frentes: no sistema prisional, com atividades voltadas à saúde mental da população idosa privada de liberdade; nas praças do interior, levando orientação jurídica sobre direitos da pessoa idosa; em centros de convivência, discutindo a violência patrimonial, física e psicológica que infelizmente ainda afeta muitos. Também participamos de eventos institucionais e oferecemos atendimentos com foco na prevenção e no enfrentamento da violência.
Essa edição está cheia de histórias que merecem ser lidas com calma — e sentidas com o coração.
🟣 Abertura do Junho Prata: respeito, diálogo e ação
O mês de junho começou com um encontro marcante: a Defensoria Pública de MS participou da abertura oficial do Junho Prata com um debate profundo sobre violência e envelhecimento.
O evento contou com representantes da Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoa Idosa e teve o envolvimento direto do Núcleo do Direitos Humanos (Nudedh), que destacou a importância de garantir os direitos da população idosa por meio de políticas públicas interligadas, que unam saúde, justiça, assistência social e educação.
Esse momento inicial marcou não apenas o início do mês de conscientização, mas também reafirmou o compromisso de todas as instituições presentes com a dignidade de quem envelhece.
🧠 Reflexões dentro e fora dos muros
O sistema penitenciário também faz parte da nossa realidade — e da nossa responsabilidade. Em junho, o Núcleo do Sistema Penitenciário (Nuspen) levou à maior unidade prisional com idosos do Estado uma roda de conversa sobre saúde mental na velhice.
O psicólogo e capelão Edilson dos Reis conduziu o encontro, com apoio da Agepen e da Defensoria. “É essencial falar sobre dignidade também para quem está em privação de liberdade”, destacou o defensor público Mauricio Barbosa.
🗣️ Vozes que não se calam: educação em direitos
Em Rio Brilhante, o defensor público substituto João Pedro Rodrigues Nascimento fez uma a ação de educação em direitos com idosos, na praça central. Falou sobre direitos de homens e mulheres com mais de 60 anos, o Estatuto da Pessoa Idosa e dicas práticas de como se proteger e buscar ajuda, seja na Defensoria, no Ministério Público ou em uma delegacia.
“O Estatuto da Pessoa Idosa diz que envelhecer é um direito, e que ninguém pode ser maltratado, humilhado ou deixado de lado por causa da idade. A violência contra a pessoa idosa não pode se tolerada”, expõe Nascimento.
Já em Água Clara, a defensora pública Raphaela Nascimento destacou a importância de não se calar diante de situações de violência. “Todos os idosos têm direito à dignidade, carinho e, acima de tudo, respeito”, lembrou.

Em Campo Grande, o Nufam e o Nudedh estiveram em centros de convivência abordando as diversas formas de violência contra idosos, especialmente as mais silenciosas: psicológica e patrimonial.

O defensor público Bruno Augusto de Resende Louzada, coordenador-adjunto do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), ministrou três palestras na Universidade da Melhor Idade (UMA), da Universidade Estadual de MS (UEMS), em Campo Grande, dentro das ações do Junho Prata.
O coordenador do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos de Família e Sucessões (Nufam), defensor público Marcelo Marinho da Silva, também participou das ações e reforçou a importância da campanha.
O defensor realizou palestra no Centro de Convivência do Idoso (CCI) Jacques da Luz, no bairro Vila Moreninha III.
“O artigo 230 da Constituição diz que a família, a sociedade e o Estado devem amparar a pessoa idosa. Essas campanhas alertam sobre esse dever coletivo de cuidado”, disse em entrevista à rádio Rede Top 88,9 FM.

Durante uma atividade no Centro de Convivência Vovó Ziza, a defensora pública Thais Dominato e a assistente social Keila Antônio do Núcleo de Defesa das Mulheres (Nudem) promoveram uma conversa franca e educativa com um grupo de mulheres e homens idosos.

Elas abordaram as diferentes formas de violência, incluindo a violência psicológica — aquela que humilha, que enfraquece a autoestima, que vigia e controla — e a violência patrimonial, como o uso indevido de cartões e aposentadorias por terceiros. “Violência não é só agressão física”, alertou.
Dominato destacou que é comum encontrar mulheres idosas com autoestima abalada e com sua renda sendo controlada por familiares.
A ação ocorreu em parceria com o Núcleo de Assistência à Saúde (NAS), e contou com a participação da assistente social Stephany Carvalho e o psicólogo Matheus Corrêa Marracini.

Os serviços de saúde ofertados aos idosos foram: aferição dos sinais vitais (pressão arterial e glicemia), orientações médicas, orientações sobre saúde bucal com entrega de kits de higiene oral, auriculoterapia e avaliação antropométrica.
“Foi uma forma de mostrar também o quanto esse público é importante. Temos que nos voltar para um atendimento que às vezes seja facilitado, então levar serviços de saúde onde, o idoso está é uma forma de atenção diferenciada, cuidadosa para esse público”, destacou a coordenadora do NAS, defensora pública Eni Maria Sezerino Diniz.
Justiça que repara: caso atendido em Corumbá
Em Corumbá, um idoso procurou a Defensoria Pública após perder uma audiência judicial por não ter sido devidamente intimado. O caso, atendido pelo Núcleo Criminal, resultou na extinção da ação penal após o defensor comprovar a falha no processo.
“O assistido agiu com total boa-fé ao procurar a Defensoria. Mesmo em situação de vulnerabilidade e sem conhecimento técnico-jurídico, ele demonstrou respeito à Justiça e buscou esclarecimento. Isso mostra o quanto é essencial o acesso à defesa pública para garantir direitos fundamentais”, afirmou o defensor público substituto Pedro Lenno.
A situação mostra a importância da atuação da Defensoria para garantir que pessoas idosas tenham acesso à Justiça com equidade e respeito.
🎬 Dica Cultural: envelhecer também é arte
Para quem quer refletir sobre o tempo e a vida com sensibilidade, separamos cinco filmes emocionantes sobre a velhice, todos disponíveis nas plataformas de streaming:
Amor (2012) – Uma história tocante sobre um casal de idosos enfrentando os desafios do fim da vida. (MUBI)
O Curioso Caso de Benjamin Button (2008) – Um olhar poético sobre o tempo e a inversão do envelhecimento. (Netflix)
Nebraska (2013) – Pai e filho cruzam os EUA em uma jornada cheia de afeto e reconexão. (Prime Video)
Uma História de Amor e Fúria (2013) – Animação brasileira que percorre gerações e fala sobre memória, lutas e esperança. (Globoplay)
A Festa de Babette (1987) – Um filme sobre gratidão e transformação na maturidade. (Looke)
📍 Onde encontrar ajuda: atendimento gratuito e especializado
Se você é idoso ou conhece alguém que precise de orientação, procure os núcleos especializados da Defensoria Pública:
NUCCON – Núcleo de Defesa do Consumidor
Rua Antônio Maria Coelho, nº 1668
Telefone: (67) 3317-8757
Atendimento: de segunda a sexta, das 12h às 19h
NUDEDH – Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos
Rua Arthur Jorge, 779 – Centro – CEP: 79002-440
Telefone: (67) 3313-5815
E-mail: nudedh@defensoria.ms.def.br
Atendimento: de segunda a sexta, das 12h às 19h
NUDEM – Núcleo de Defesa das Mulheres
Av. Afonso Pena, 3850 – Centro – CEP 79020-001
Telefone: (67) 3313-4919
E-mail: nudem@defensoria.ms.def.br
Atendimento: de segunda a sexta, das 12h às 19h
Casa da Mulher Brasileira
Rua Brasília, Lote A, quadra 2, s/n – Jardim Ima – CEP 79102-050
NUFAMD – Núcleo de Família e Sucessões
Rua Arthur Jorge, 779 - Centro - CEP: 79002-450
Telefone: (67) 3313-5800
Atendimento: de segunda a sexta, das 12h às 19h
NUFAMD – Núcleo da Fazenda Pública, Moradia e Direitos Sociais
Rua Antônio Maria Coelho, nº 1668
Telefone: (67) 3317-8757
Atendimento: de segunda a sexta, das 12h às 19h
NUSPEN – Núcleo do Sistema Penitenciário
Rua Barão de Melgaço, nº 128 , Centro, Campo Grande/MS
Telefone: (67) 3317-8757
Atendimento: de segunda a sexta, das 12h às 19h